segunda-feira, 3 de junho de 2013

restauração Yaesu FT-7B



Yaesu FT-7B restauração.

    Buenas, estes são meus dois FT7-B, o primeiro que eu peguei foi o da esquerda, fiz uma troca não muito boa, entreguei meu Yaesu FT101-F na troca por este FT-7B, eu precisava de um equipamento menor para utilizar aqui em Santa Catarina e nas minhas viagens e também buscava o desafio de restaurar meu segundo Yaesu totalmente transistorizado, meu primeiro é o FT-7 que ainda me pertence e está no shack do meu pai PY3AM.
    De cara quando peguei o radio na troca, já percebi que o mesmo não estava nem perto do original, a frente estava pintada com a mesma tinta da caixa, a chave on off foi trocada por uma tipo palanca metálica, a chave do marker estava sem a capinha plástica que recobre a mesma, a tampa superior foi furada para colocar mais um parafuso, varias alterações desnecessárias e muita falta de cuidado com o equipamento.
    Meu primeiro passo, foi procurar e comprar uma sucata do mesmo equipamento com todas as peças que eu necessitava.
     Consegui uma sucata e para minha surpresa, em estado melhor que o meu equipamento, faltando apenas alguns transistores do tanque final. O Yaesu FT-7B, segue a mesma receita de bolo da maioria dos equipamentos da Yaesu, é um radio todo dividido em módulos, o que facilita bastante na manutenção e na correção de defeitos em partes específicas do circuito.
     Minha tática para restauração mudou, vou restaurar a sucata que comprei por ultimo e deixar o outro radio em condições de ser restaurado no futuro. Para isso eu corrigi pequenas modificações errôneas que foram feitas dentro do radio que comprei primeiro (vamos chama-lo de radio 1), usando a "sucata" (vamos chama-lo de radio 2) como gabarito, pois esta está praticamente integra por dentro. Comecei corrigindo o atenuador do radio 1, e neste momento estou trabalhando em cima da ultima parte que falta corrigir que é a placa do marker do radio 1 de acordo com a do radio 2.
Minha intenção é usar o radio 2 para mim, mas deixar o radio 1 perfeitamente recuperável, para isto o Rafael PU3TZY que imediatamente solicitou o mesmo para ele, se quiser manter o tanque de saída original, vai ter que gastar somente com um 2sc1589 e um 2sc2395, pois os dois transistores de saída, neste caso dois MRF455 estão no local.
     Acima podemos ver o tanque final do radio 1 que será transferido para o radio 2.
    Nesta outra foto ten-se uma ideia melhor da comcepção modular dos equipamentos da Yaesu, este no caso é o radio 2 que receberá o tanque final do radio 1, e que será meu equipamento para uso movel/portátil, levarei o mesmo em acampamentos, ativações de faróis aqui em Santa Catarina, (onde resido no momento) e DX peditions, quando eu tiver um tempo para participar das mesmas.
     Detalhe da retirada do modulo de amplificação de audio do receptor e pré-amplificação de microfone, módulo PB1648, este modulo me deu um grande trabalho, pois um pequeno capacitor dele entrou em curto e mandou para o espaço uma resistência de 2,2ohm que fica na placa base do equipamento, levei tres dias em cima deste módulo para solucionar o problema, mas consegui.
    Acima está o detalhe do capacitor que entrou em curto e me causou uma grande e divertida dor de cabeça.    Bom amigos, é isso, abaixo deixo um video que fiz contando um pouco da história destes dois equipamentos e o que pretendo fazer para de imediato recuperar o radio 2 e deixar o radio 1 apto para ser recuperado futuramente.
                                       Buenas abaixo segue mais um video, feito no dia 01/07/2011 testando a recepção do radio 2 com apenas um pedaço de fio no conector de antena, a gravação ficou muito escura pois para evitar interferências das lâmpadas ecônomicas optei por deixar apenas uma delas acesa, a que não interfere tanto na recepção.
                                     
                                      Como se pode observar no video, o radio possui uma recepção muito boa e muito sensível, apesar de alguns ruídos que foram captados, levem em consideração que atualmente estou residindo provisóriamente no centro de Balneário Camboriú, rodeado de predios e obras por todos os lados, onde se recebe das mais diversas fontes de ruidos da cidade.

alterações foram feitas num Voyager VR-9090

MODIFIQUE UM RÁDIO FAIXA DO CIDADÃO PARA OPERAÇÃO QRP EM 24 E 29 MHz
Texto e fotos: Ademir Freitas Machado - PT9AIA/PX9D-1200
 
            "Vixi! Agora estão incentivando a pirataria?". Calma leitores! Os piratas já estão lá há mais de 30 anos! Qualquer "botina branca" de rádio PX conhece, e fatura alto, com estas modificações. Simplesmente divulgamos conhecimento técnico, que deverá ser colocado em prática apenas por Radioamadores classe A ou B, os únicos autorizados a operar nestas duas bandas. Portanto, que fique bem claro: Nem o autor, nem este blog se responsabilizam por qualquer dano em seu aparelho advindos dessa modificação ou por sansões legais por parte da ANATEL.

            Fabricados na China e vendidos em qualquer loja de eletrônicos, os atuais aparelhos Faixa do Cidadão são multicanais, possuem freqüêncímetro digital, operam em AM, FM, SSB e CW e, normalmente, abrangem boa parte da faixa dos 10 metros. Confiram: vá até 28.305 em dia de propagação aberta. Tem rodadas de clandestinos alí e há anos, sem que alguém tenha conseguido removê-los de lá (função da ANATEL...).
            Estes aparelhos tem algo em comum: um chassi padrão, no caso analisado aqui, o modelo é o EPT-360014B. Ele é comum nos Voyager, Alan, Cobra 148 GTL EX+, Galaxy Pluto, Ranger e outros desconhecidos que de vez-em-quando aparecem no mercado. O transceptor pode estar dotado de freqüencímetro, câmara de éco, etc, mas a placa de circuito impresso é a mesma. No nosso caso, as alterações foram feitas num Voyager VR-9090.
            DUAS MANEIRAS DE MODIFICAR CANAIS
            Existem duas maneiras de se abranger a parte superior dos 10 metros e conseguir os 12 metros neste aparelho: uma é trocando o cristal original, de 14.010 MHz (que abrange de 25.615 a 28.315) e a outra, obviamente, alterando o circuito em torno do PLL, um MC 145106.
            Os Voyager e Galaxy Pluto lançados há uns 10 anos atrás, vinham com um cristal de "banda alta", (14.460 KHz) chegando aos 28.745 MHz. Perde-se alguns KHz na parte inferior, mas para quem quer operar nos 10 metros, é vantajoso. Não é necessário nenhum ajuste em bobinas. Mas atenção: cristais especialmente cortados sob encomenda para 14.460 KHz às vezes não funcionam. O ideal é encontrar um cristal em algum aparelho sucateado.
            O SEGREDO DO PLL
            Como acontece com a maioria dos circuitos PLL, pode-se alterar seu funcionamento aterrando ou alimentando certos pinos. Cuidado nesta parte: um deslize e tem-se em mãos um "finado" PLL.
            O MC 145106 (IC-5) tem o pino 10 ligado ao pino 13 de um MC 14008 (IC-7). Veja a figura abaixo, onde temos uma parte do esquema do Voyager VR-9090 (e clones). Aqui temos duas possibilidades:
            a) Interrompendo o pino 10 do PLL, que vai ao pino 13 do IC-7, teremos de imediato acesso à banda de 12 metros, que neste caso fica assim:
            Banda B: Canal 1=24.785 KHz; Canal 40= 24.995. As outras bandas ficam "bagunçadas", perdendo-se inclusive boa parte dos canais normais. Portanto, só modifique seu aparelho se você for mesmo Radioamador e quer operar QRP nos 12 metros...
            b) Alimentando o pino 10 do PLL (depois de interrompida a trilha, é claro!), temos aqui a parte de fonia dos 10 metros, que fica desta maneira:
            Banda D: Canal 26= 28.545 KHz; Canal 40= 28.685 KHz.
            Banda E: Canal 01= 28.695 KHz; Canal 40= 29.135 KHz.
            Banda F: Canal 01= 29.145 KHz; Canal 40= 29.585 KHz.
            Vejam as fotos para maior entendimento.


Identificação dos pinos do PLL MC-145106 (extraído do datasheet da Motorola)

BULINDO NO PLL
            Em todas as modificações do PLL, é necessário interromper a trilha do pino 10 do MC 145106, que vai ligado ao pino 13 de IC-7. Note pelo chapeado e detalhe da foto, que na face cobreada do circuito impresso, aparece uma interrupção da trilha. Não se engane. No lado dos componentes, há um jumper, bem debaixo de IC-7, cuja pontinha aparece debaixo do circuito integrado, fazendo a ligação direta entre os dois pontos. Dessolde ou corte com um alicate o jumper. Tem-se então os 24 MHz à disposição. Observe que IC-7 está praticamente debaixo do seletor de canais.
            Na segunda modificação, temos que - também - interromper a ligação entre o pino 10 do PLL e o pino 13 de IC-7. Quando falamos em alimentar o PLL, significa basicamente injetar uma tensão de 8,5 volts aproximadamente no pino 10, e isto através de um resistor de 1,5 kW. Veja na foto o ponto que escolhemos para retirar a tensão. Observe que deve haver tensão tanto na transmissão como na recepção.
            No caso do Voyager VR-9090, retiramos o módulo do freqüencímetro para ter melhor acesso ao jumper.


Nesta foto, observe o resistor de 1k5 ligado na extremidade da trilha que vai ao pino 10 do PLL e a um ponto onde temos 8,5 volts. Veja também que há uma ponta de trilha sem ligação. O jumper está do outro lado da placa (deve ser retirado). Modificação para 10 Metros.
Para facilitar, observe a linha branca: é aí que ficava o jumper no lado dos componentes. Cuidado: em todas as modificações, ele deve ser retirado!


Parte do esquema "genérico" mostrando as ligações do PLL.
Nesta foto, o PLL e o módulo do freqüêncímetro levantado. O jumper está bem debaixo do seletor de canais, mas dá para acessar a pontinha dele. Corte-o.
Nesta outra foto, vemos o PLL em destaque. Não aparece nem o jumper e nem o IC-7, que fica escondido debaixo do seletor de canais.
Máxima freqüência em 10 metros: 29.585 KHz.

Só para relembrar: o Voyager VR-9090 não é (e nunca será...) certificado pela ANATEL. Portanto, modificado ou original, seu uso é proibido por parte dos PX. Os radioamadores podem usá-los e modificá-los para suas próprias bandas, mas só Deus sabe o que se passará na cabeça de um fiscal da ANATEL quando ele chegar em seu QTH e deparar com um “brinquedinho” desses sobre a mesa, mesmo que você seja um radioamador classe A...
 
PS: Se você usar um cristal de 14.460 original, retirado de um outro rádio PX, você terá de 28.000 até 28.765 KHz. Cristais “cortados” para essa frequência costumam não funcionar.